17 março, 2010

Chuva


Para eu ver desaguar em terra as minhas mágoas,
Choro quando chove.

Choro de meiguinho para que bruscamente a chuva lave a minha cara.

Porque quando chove, ninguém se apercebe que o faço, pois alternadamente do meu rosto caem gotas confusas.

Agora que me obrigaste a chorar, a chuva está ausente. Talvez o destino me queira ensinar o quão estúpido fui, ou quem sabe me queira mostrar que estas lágrimas não podem ser confusas.

Choro com orgulho, pois te dei o melhor de mim.

E com mágoa pois não tiraste partido.


Agora que foste de vez...
Vou chorar, para poder apreciar um mundo sem chuva.




Escrito por: Lantea Othala
Música: Robyn – Eclipse

Sem comentários: