Scared of Lonely

Mal me consigo manter à superfície. Corro sem destino, neste pesadelo, por mim criado.

Necessito de voltar ao meu casulo, para rejuvenescer em mim a alegria que me irá voltar a definir, com força suficiente, para mais uma vez me tirar do fundo.

Como é que é possível eu voltar a estar neste estado? Como é possível eu voltar a este sítio obscuro? Serei eu fraco? Ou será apenas o medo da solidão que me deixa moldável nas mãos do que eu penso ser uma possibilidade de Amar?

Mas o que é Amar, afinal de contas?!

Posso afirmar algo. Amar de certa forma atinge-nos com uma virose de alegria e arrogância e logo de seguida penso que com esta pessoa que eu tomei como segura consigo ter o mundo aos meus pés, no entanto esta arrogância me cegou e me fez perder-te.

Estas palavras foram escritas com arrependimento e estão ainda húmidas das lágrimas que ainda correm pela minha face, enquanto a caneta que seguro na minha mão desliza pelo papel branco, tentando exteriorizar o que eu sinto no momento…

Scared of Lonely…

Como pude perder-te?

Já está fora das minhas mãos. Resta-me viver em arrependimento.


Escrito por: Mr. Justified
Música: Beyoncé – Sweat Dreams
Para: Mr. M

If You Were Me

Se tu fosses eu, mesmo por um dia…


Saberias resolver as encruzilhadas em que a minha cabeça se sepulta? Saberias ser um melhor Eu?

Sinto neste momento o peso das minhas decisões a quebrar a minha estabilidade. Estava feliz contigo. Esta nova pessoa descobriu em mim alguém de quem se pode gostar. No entanto, estando eu feliz, correndo tudo bem… Afastei-a de mim. Esta pessoa, que descobriu uma forma de me fazer sorrir.

É estranho, não faz qualquer tipo de sentido! Estaremos nós destinados a sofrer? Ou é apenas de mim? O mais patético disto tudo é que nós, ou eu, como indivíduos racionais, temos as ferramentas para trazer a felicidade ou para a afastar, no entanto, se temos essas ferramentas, se as conseguimos dominar e até por vezes tocamos uma orquestra com elas, porquê fazemos o oposto?

Não faz qualquer tipo de sentido!

Mas eu sou apenas um, num milhão… Porquê é que necessito de perder aquilo que tão bem me fez para eu me aperceber o quanto preciso de ti?
Gosto de escrever… é como desfragmentar o computador… coloco as ideias no sitio… despejo prá’qui estas baboseiras e fico mais tranquilo!

Se tu fosses eu por um dia,
Conseguias transformar o meu mundo
Conseguias entender-me?
E ajudar-me…

Se tu fosses eu por um dia, conseguias salvar-me?

Escrito por: Mr Justified

1 ano

Inacreditável. Faz este mês 1 ano.
Como passou tão depressa, todo este tempo! Foi a um ano que proferiste as últimas palavras como “nós” para iniciar esta caminhada que me continua a levar para longe de ti.

Questiono-me com frequência “Quem sou eu?”. Em cada segundo que passou e que continua a passar, sinto-me ainda mais distante do que fui. Neste momento não sei para onde o destino me leva, no que concerne à minha personalidade.

Sinto ainda falta do que era quando estava contigo, neste momento é como um sonho distante, sonho esse que actualmente me caça o pensamento quando o permito correr livre.

Quero apenas aproveitar para te dizer algumas coisas, a primeira é nessa saudade do meu antigo “Eu”, não reconheço muito bem os traços que me limitam essa minha saudade, basicamente sinto saudade do puto que era quando tu cuidavas dos nossos interesses e me protegias do mundo agreste. Certo é, que neste instante já me consigo defender. Posto isto, estou feliz, no entanto, após cada batalha que cansa o meu ser, chego sempre à conclusão que era bem mais fácil a vida contigo.

Hum…. Penso agora… Será saudade? Ou apenas falta de um elemento auxiliador?

Mas não foste apenas um elemento auxiliador, foste mais! Temo também que esteja neste momento da minha vida a enaltecer demasiado a tua imagem, talvez pela saudade do puto que era, ou simplesmente porque sou estúpido.

Relativamente à pessoa que sou hoje, ao comparar as fotos, não reconheço essa pessoa que era quando estava contigo, tanto física como mentalmente somos pessoas totalmente opostas. Sentia necessidade de ser controlado e protegido, neste momento quero acreditar que tenho o baralho de cartas na mão e que controlo eu o jogo, problema é quando sou atropelado por uma jogada que desconhecia e não estás lá para me acudir.

Daqui por um ano, quem serei eu?

Escrito por: Mr Justified

Clown

Não devia ter respondido ao teu e-mail,
Não devia ter-te dado atenção
Não devia ter permitido a tua presença

Devo dizer-te “What goes around, comes back around”
Reconheço que foi uma perda de tempo,
Reconheço as tuas mentiras,
Reconheço ainda o jeito falso do som das tuas palavras.

Quem te vai amar quando tudo cair?
Quem te vai acompanhar quando mais ninguém o fizer?
Quem se vai importar quando o dia chegar?

Escrito por: Lantea Othala