13 fevereiro, 2014

A Morte

Quando a morte chega, primeiro estranha-se, depois entranha-se.

É o que eu faço, é o que eu vejo, é o que eu serei.  Mesmo que em sentido figurado ela domina cada célula e transforma com uma simplicidade estonteante.  Morte, ausência, a falta de... Sinto-a a observar-me no café, a atravessar a rua, na minha própria casa, até no teu cheiro que ainda me é familiar.

Ela é a droga que me vai matar até ao ponto de me curar. Até lá vou continuando a morrer, até deixar de te  sentir para qualquer lado que eu vá.

09 fevereiro, 2014

Adeus, para já.

Pode parecer egoísta, mas agora sinto-me feliz por não estar mais contigo. Tenho a certeza que te amei mais que a minha vida e dei corpo e alma por nós.

Fomos tempestuosos e tumultuosos. Exploramos os nossos corpos em modo de reconciliação e tenho cada uma dessas experiências gravadas para sempre na memória.

Mas sejamos sinceros e por muito que custe admitir, já não estávamos a fazer nada juntos. Fica aqui gravado para quem quiser ler que estou a contar os dias para que a distância nos permita estar novamente juntos, mas com uma relação nova, uma relação que não nos mate internamente, uma relação que tu não tenhas que pagar pelo facto de eu não sentir o mesmo que tu.

És e continuarás a ser muito especial para mim, mas agora tenho que te deixar ser tão feliz quanto consegires ser, pois eu já não o consigo fazer.

Até lá, vou recordando-me de ti como aquele que fez tudo, mas mesmo tudo por mim e aquele por quem eu devo a minha vida.

30 outubro, 2013

Contorcido








Desde o início foste um vírus.
Foste a alegria que me deu euforia.
E eu quis que ficasses.

Mas não foste o tipo de pessoa que eu quis.
Desejei-te em todas as minhas entranhas e,
Desafiei-te a ficares, mas estavas partido.

Nunca foste perfeito, mas disfarçavas bem.
Nunca te vi sorrir mas choravas em mim,
Por nunca ficares comigo.

Desde o início te desejei,
mas foste uma praga.
Quase me mataste e perdi o rumo.
Rumo, mais contorcido, este que eu quis.

Eu chorei e ri a desejar-te.
Feliz e triste continuei a fazê-lo.
Mas foste uma farça.
Farça que eu criei para não me ver.

Eu sempre quis que ficasses,
E nunca vi que estavas dentro de mim.
Não são precisos disfarces.
E agora eu sei que para ficares,
Não preciso de te vestir.

Agora sei.
Sou eu, um vírus,
Uma euforia, uma praga.

Este sou eu,
Um contorcido.

12 julho, 2013

Espelho



Quando não gostamos do reflexo no espelho, num momento de desespero e sem nunca nos responsabilizamos pelo nosso estado, decidimos partir o espelho. E agora 3 anos depois de criar este reflexo, parti-o e vejo-lhe os pedaços dele a distanciarem-se.

Quando ganhamos novamente sentido, num momento de clareza e vejo que afinal eu era o culpado vejo-me desesperado a tentar rápidamente recupera-lo pois esta dor é pior do que todas essas centenas de pedaços de vidro a cortarem-me.

Tu és o meu espelho, o meu melhor reflexo, a minha melhor parte.
Mais palavras não serão necessárias.
Apenas o tempo e voltarás a ver nele o meu reflexo!

20 fevereiro, 2013

Em Casa


Durante vivo, fui sofrido e tornei-me mau,
Agora depois de morto, inflijo sofrimento
Em outros em troca de prazer.

Prazer sangrento com maldade apenas,
preciso de inflinjir para vingar-me
pelo que me fizeram quando fui alvo
de outro vivo, transformado em coitado,
Agora morto também!

Depois de vivo sofrido, morto vingativo
penso, vale realmente a pena?

Com um sorriso sádico, respondo-me
pensando no próximo, perdendo
sentimento de arrependimento
nunca conhecido...


Em casa sinto-me
assim que fiz sofrer!


Este não sou eu, é o morto..
Será? Já não sei.

13 fevereiro, 2013

Contradiction


 
Todos sabem que eu sou de trato difícil. Mais dificil é admitir que eu gosto de ser assim. Também sei que facilmente consigo fazer mal a aqueles que dificilmente não fazem tudo para me ver sorrir.

Sabendo tudo isto é fácil para mim dizer-te que dificilmente existe alguém de quem eu goste mais como eu gosto de ti e por isso facilmente consigo dizer: Amo-te

26 novembro, 2011

You and I - Parte II



E há algo que definitivamente é estranho. É o brilhar da coisa, ou quem sabe o teu quente no meio do frio da minha noite. Quem sabe se é a lua ou as estrelas ou mesmo se do cheiro que se emancipa da tua ternura delinquente. É mesmo assim, uma verdade fosca de uma irrealidade completamente suspirada. Mas quando me apercebo, o brilhar, o quente, indo desde a lua até as estrelas, tudo muda contigo. Nada chega a ser realmente irreal nem sonhado, é mesmo realidade. É Eu e Tu – o novo significado da palavra “Sonho”.


Escrito por: Mr Justified
Música: Lady Gaga – You and I




02 agosto, 2011

The Goodbye



E chegou a altura, altura de reflectir sobre percurso que com toda a certeza tracei e que por vezes consegui seguir a risca mas que por outras vezes nem por isso. Desta vez escrevo, não como Mr Justified, não como Lantea Othalla nem como Klaatu, mas sim como eu mesmo. Um eu talvez mais sábio, talvez quem sabe… Só o tempo o dirá.

Quando comecei a escrever neste blog, propus-me a encontrar a minha emancipação pessoal, mas principalmente a minha emancipação emocional e sem sombra de dúvida, aconteceram varias emancipações. Mas a conclusão a que chego é que a emancipação, de total e completa satisfação só no dia da minha morte conseguirei aperceber-me se a atingi ou não.


Parto desta pequena realidade totalmente satisfeito do meu nível de evolução. Estou apaixonado (a bastante tempo), e o futuro parece promissor. Neste momento a missão esta em mantê-lo assim e melhora-lo.

Até lá, um até sempre.



Escrito por: Mim
Musica: Lady Gaga – The Edge Of Glory

28 junho, 2011

I Care

Eu costumava não me importar com as coisas que não vi. Mas eu agora, sim, importo. Agora eu quero saber. E vou continuar a querer saber. Mesmo quando o passado nos maguou. Eu quero saber. Principalmente se esse passado actualmente nos impede das coisas mais pequenas. Eu quero saber!

Mesmo se essas coisas pequenas afectem o nosso, futuro presente. Vou ainda assim continuar a querer saber.



Desde que descobri esse teu poder. Poder de me seduzir, eu desde logo mostrei o que sinto. Mesmo que tu exteriormente mostres não querer saber. Mas agora que eu me importo, gostava que o dissesses, pois mostrar, desde logo o fizemos.


Há alturas em que enraiveço do nada. Só por me lembrar. Lembrar do esforço que fiz para que o meu passado não te afecte. Eu Libertei-me dele. Mas tu continuas preso, preso a uma lembrança. A um medo.

E enquanto eu me vou importanto com isto em silêncio, dou-te a maior das provas que precisas para te libertares. Por isso, liberta-te. Suplico-te!


Escrito por: Lantea Othala
Musica: Beyonce – I Care

28 maio, 2011

You Don't Bring Me Flowers



E de repente adormeci
Num palco…
Sem plateia,
Apenas eu ali respirava…

(Com luz a enaltecer as minhas mãos,
De forma amedrontada observava-as)

Tive uma enorme vontade,
Vontade de voar, livremente…
Voar, por voar,
Esvoaçar sem fim…
(mas mesmo assim)

Aquele palco,
Com todo o seu esplendor (e brilho)
Mata-me, do nada,
(só porque sim)

Era suposto ser alegre,
Cativante, Inspirador…

Mas quando notei no chão aos meus pés,
O sangue que escorreu das minhas mãos,
Depois de te matar,
Só porque não me trouxeste as flores,

Acordei…
A chorar,
Só porque nunca me trazes flores…




Escrito por: Mr Justified
Música: Barbara Streisand – You Don’t Bring Me Flowers