07 abril, 2009

1 ano


Inacreditável. Faz este mês 1 ano.
Como passou tão depressa, todo este tempo! Foi a um ano que proferiste as últimas palavras como “nós” para iniciar esta caminhada que me continua a levar para longe de ti.

Questiono-me com frequência “Quem sou eu?”. Em cada segundo que passou e que continua a passar, sinto-me ainda mais distante do que fui. Neste momento não sei para onde o destino me leva, no que concerne à minha personalidade.


Sinto ainda falta do que era quando estava contigo, neste momento é como um sonho distante, sonho esse que actualmente me caça o pensamento quando o permito correr livre.


Quero apenas aproveitar para te dizer algumas coisas, a primeira é nessa saudade do meu antigo “Eu”, não reconheço muito bem os traços que me limitam essa minha saudade, basicamente sinto saudade do puto que era quando tu cuidavas dos nossos interesses e me protegias do mundo agreste. Certo é, que neste instante já me consigo defender. Posto isto, estou feliz, no entanto, após cada batalha que cansa o meu ser, chego sempre à conclusão que era bem mais fácil a vida contigo.

Hum…. Penso agora… Será saudade? Ou apenas falta de um elemento auxiliador?

Mas não foste apenas um elemento auxiliador, foste mais! Temo também que esteja neste momento da minha vida a enaltecer demasiado a tua imagem, talvez pela saudade do puto que era, ou simplesmente porque sou estúpido.


Relativamente à pessoa que sou hoje, ao comparar as fotos, não reconheço essa pessoa que era quando estava contigo, tanto física como mentalmente somos pessoas totalmente opostas. Sentia necessidade de ser controlado e protegido, neste momento quero acreditar que tenho o baralho de cartas na mão e que controlo eu o jogo, problema é quando sou atropelado por uma jogada que desconhecia e não estás lá para me acudir.

Daqui por um ano, quem serei eu?
Escrito por: Mr Justified

1 comentário:

RbyR disse...

Daqui por um ano serás alguém diferente por razões obvias! Contudo entristece-me saber depois destes meses a ler-te veja que apesar de avanços e recuos, na maior parte das vezes até eles ilusórios, continues preso a algo que não existe! Foi óptimo mas acabou! Custa-me que não entendas isso! Neste tempo todo, a cada passo que dás, para a frente ou para trás, tudo volta ao ponto de partida! Tantas comparações! Tantas lembranças do que era e que já não é! Enquanto não te agarrares a ti! Enquanto não te salvares desse marasmo em que te envolveste tornarás sempre ao mesmo! Voltarás sempre aquele dia em que aquele “nós” acabou!
Passado este tempo começo a recear que tu não te queiras salvar1 Que queiras para sempre estar agarrado a essa lembrança! Sim, lembrança é o que é! Larga-a! Não viverás aquilo de novo! È bem que de uma vez por todas percebas isso! Pára de fingir que já o percebeste! Percebe-o mesmo! Não fujas para a frente fingindo que estás em busca de alguém, no fundo ambos sabemos que estás é a fugir de ti! Pára com isso!
Corre, mas corre até ti! Descobre-te de novo se essa for a solução! Volta a amar-te! Sentes-te desprotegido porque simples não te proteges! Tu mereces o mundo e o mundo merece-te, mas a ti como pessoa e não como parasita, fantoche ou algo vulnerável e manipulável! Gosta de ti por favor!