05 fevereiro, 2009

Greatest Hits


Através das curvas no caminho da minha vida, estes últimos meses representaram o maior crescimento da minha pessoa do que nos últimos anos. O renascer, ou como eu gosto de lhe chamar, a minha Emancipação, teve inicio com o fim de tudo aquilo que eu tomava como seguro.


Morri em Abril de 2008 e assim estive durante alguns meses, contudo alguém muito especial me mostrou a “Luz” que eu necessitava de ver para começar a longa caminhada para a vida. Comecei por rodar sem orbita, muitas vezes perdendo o meu rumo apesar de momentaneamente achar que “Tudo se completa de Algum jeito”.


Depois da distracção que a minha libido causou, focalizei-me e comecei a trabalhar para aquilo que realmente merece atenção: o juntar das minhas cinzas para o meu ressurgimento.
Comecei por trabalhar na relação com a minha mãe, em “Dear Mother…” e com esse assunto resolvido e com resultado favorável da dissolução de todos os problemas na relação com a minha mãe, vejo a minha reconstrução a tomar forma. Começo a aperceber-me dos efeitos secundários que o fim de uma relação de 5 anos causou na minha configuração de ser, constatando em “Alegria onde andas tu?” precisamente que uma das primeiras perdas foi a minha boa disposição e alegria de viver.


Com alguns dramas já resolvidos achei por bem, continuar a investir nas minhas relações sociais, uma vez que achava que eu precisava de estar rodeado de pessoas para me distrair daquilo que continuava a absorver toda a minha capacidade de vigília. Conheci o Mr. X que me mostrou o quão mal eu estaria naquele momento e o quão longe eu tinha saltado da minha rota, graças a ele comecei a colocar alguns travões nas minhas pernas que corriam sem destino e comecei também a construir a muralha que me iria proteger nos próximos meses.


A primeira grande alteração nessa fase foi a troca do meu ganha-pão para resolver a grande crise financeira em que ainda estava mergulhado. Decidi clarificar a minha relação com Mr Butterflyz em “For The Record” para também me ajudar a poder caminhar de forma mais suave.
Nesta altura da minha jornada, senti-me com força suficiente para encarar a bala que parou o meu corpo, comecei a trabalhar no esclarecimento da minha nova relação com o meu, agora ex. A música The Power Of Goodbye da Madonna deu-me essa força que necessitava, em “O poder do Adeus” escrevo uma carta vinda do meu coração para ele. Nessa mesma altura declaro guerra ao meu pai, estava imparável!


Passado algum tempo, perdido com o sentimento de “Saudade”, reaparece uma grande personagem neste teatro que é a minha vida, “Visitante do Passado”. Figura marcante do meu passado e que reaparece numa altura chave. Foi frio o suficiente para de uma forma afável me mostrar alguns tópicos que eu necessitava de resolver, foi essencialmente importante para me ensinar que ninguém importa mais do que o próprio indivíduo, foi crucial neste ponto para me ajudar reconstruir a minha auto-estima, chegando mesmo a colocar-me suficientemente à vontade para falar abertamente do “Toque da Minha Mão”.


Aqui, já com grande parte dos meus dramas pós-namoro resolvidos, começo a finalmente ver o negativo em mim e aí nasce Lanthea Othala, o meu alter ego, que entra em acção sempre que eu não consigo lidar com a raiva e fúria que me chega a consumir, como em “A Fúria de Lanthea Othala”. (Quando ele se foi e voltei a mim, eliminei os dois comunicados do alter-ego, voltei a ver a luz sem a influência da raiva que me consumia - 22/02/09)


Estando em Fevereiro de 2009, 10 meses depois, sou o resultado da junção das minhas cinzas. Estou a gravar o meu álbum de êxitos, com o intuito de fazer uma pausa, para rapidamente recuperar o fôlego que já me começa a faltar.


Neste momento encontro-me expectante para aquilo que o futuro me reserva.

1 comentário:

a_Dreamer disse...

De alguma forma revejo-me am muitas partes deste teu texto, começando logo no "morri"... tb eu ja morri ha mto tempo atrás... e acho que talvez por motivos similares...

o que importa é esse renascer das cinzas e o modo como te permites reviver...

fica bem,
abraço