
Sempre fui uma pessoa muito bem-disposta e feliz. Isso, aparentemente, agradava a gregos e troianos. Sempre tive o dom de dar um sorriso seja a quem for, mesmo sem conhecer essa pessoa, apenas pelo gozo de partilhar a minha felicidade. Encarava a vida com alegria e esperança.
Mas o que é feito desse "Eu"? Desapareceu? Ao conversar com uma dessas pessoas, disse-me qualquer coisa como, "é engraçado o que o Amor nos consegue tirar". Isto vindo de uma pessoa que me conheceu à relativamente pouco tempo (meia dúzia de meses) e que teve conhecimento da minha recente "separação". Reconheço que essa mesma separação me afectou a níveis que nunca pensei serem possiveis, mas reconheço também que já avancei para longe desses tempos.
Resumindo e desconstruindo, aparentemente o Amor é a força que me move, gosto de Amar e ser Amado, tenho tanto respeito por esse sentimento que até quando o descrevo, o escrevo com maiúscula. Mas quem não gosta de Amar? Pelos vistos eu acho mais piada que a maioria, ou então afecta-me mais, ou talvez me complete. Será que o Amor está para mim como um pincel está para um pintor?
E ainda assim fiquei com uma dúvida...
Será possível que "apenas" um Eu Amo-te é capaz de me devolver a alegria de viver?