11 junho, 2010

Sickle




Eu sei que és novo. E sei também que até gostavas de mim. Mas não conseguia estar contigo assim…



Defunto!



Pára. Deixa-me ir.



Defunto!



Tens que parar de me perseguir durante a noite. A tua alma tem que descansar em paz. A morte foi a tua melhor amiga, tinhas a marca dela. A desgraça acompanhou-te ao longo do tempo e fez de mim o seu alvo. Tinha ciúmes de mim, sem eu saber porquê, mas que fique bem claro que não me interessas mais. Trazias-me num balde. Tu sabias o quanto me custava, sabias que naquela altura eu chamava por ti, mas a morte, foi mais forte e deste-lhe ouvidos. Ela estava partida, a aliança que trazias da morte, a noite chamava-te e casavas-te com ela.



Não chames agora o meu nome, na lembrança de um cartão. Cruzei-me, aliás tropecei num resto de ti, a tua foice… Deixaste-a aqui, para eu me cruzar com ela. Mas em forma de palavras escritas que me cortaram mais que mil facas no meu peito. Felizmente a vida, é a minha melhor amiga e quer que eu prossiga. Eu chamei-te, dentro do balde, mas continuavas a carregar-me. Peço-te agora…

Descansa em paz.


Escrito por: Lantea Othalla
Música: Lady Gaga - Alejandro

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