
Tenho algo a martelar-me o pensamento.
Acabo de ouvir mais uma vez “Não sei muito bem o que quero”. E penso, isto não pode ser normal. Não mesmo.
Tenho um íman? O problema tem que ser meu. Eu estou numa fase que tenho estado mais calmo que nunca, não tenho ido atrás de nada nem de ninguém. No entanto os que têm a coragem de se aproximar (sim coragem porque os que não me dizem qualquer coisa daquele género, dizem que tiveram medo de mim), vêm-me com teorias da conspiração de que estão muito confusos… blá, blá, blá.
É o quê? O facto de ser assumido? Levar a minha vida como bem me apetece? Fazer o que realmente quero? Seguir os meus sonhos? Vestir-me como quero? Pentear-me como me apetece? Falar com quem me dá na real gana? Não ter medos nem receios? De saber perfeitamente o que quero? De saber o que não quero?
Ponto número um, sou assumido, não foi fácil. Essa foi uma mudança na minha vida que surgiu sem sequer planear, resultado do término do meu namoro, a minha mãe foi a única pessoa que esteve lá para mim.
Ponto número dois, o facto de levar a vida como me apetece é o resultado de ter estabilidade emocional para poder seguir os meus sonhos, posso assim fazer o que quero, se me apetecer ser médico ou então trolha, posso ser, simplesmente porque sei que tenho uma boa base em casa que me irá apoiar seja qual for o resultado da perseguição dos meus sonhos, seja positiva ou negativa.
Ponto número três, imagem, é apenas isso, é uma imagem, uma máscara, uma carapuça. Eu não sou arrogante, nem pedante como dizem que eu faço mostrar, sou bastante simples, acho que isso pode ser lido neste blog, quero apenas mostrar que me sinto perfeitamente à vontade no exterior como no meu interior, posso arriscar determinada cor de cabelo, ou determinadas calças. Outra ideia que está aqui implícita é aquela que diz “Estou-me completamente a cagar para o que os outros pensam”.
Ponto número quatro, o facto de saber o que quero e o que não quero é assim tão assustador? Mas há que ter receio de alguém que tem tomates para dizer, gosto disto, quero aquilo!?
Sinto-me completamente furioso, por ter orgulho de mim mesmo, porque aos 23 anos, sou aquilo que projectei ser, fazer coisas que realmente gosto e as pessoas à minha volta têm medo de mim, sentem-se intimidadas. Mais uma vez, apesar disto tudo, sou humilde, verdadeiro, honesto e frontal. Não estou para estar com merdas e papinhas mansas, eu aponto para algo que acho não estar bem, de uma forma construtiva, tendo sempre em conta a forma como o digo, pois não sou nenhum monstro e não ando por ai a matar as pessoas com palavras.
O que tu vês quando olhas para mim?
Escrito por: Lantea Othala
Música: Pink - Cuz I Can